NAS REDES SOCIAIS
Quando estamos no Facebook, percebemos que as pessoas elogiam sem medida e criam uma ilusão nas outras pessoas, futilmente, na tentativa de se tornarem agradáveis. Mas o que ocorre é que, geralmente, acabam dando uma falsa impressão de si mesmas.
Perceba que senhoras idosas se deixam levar por promessas enganosas, em relacionamentos virtuais.
Algumas delas ficam transtornadas e transformadas, a ponto de deixar tudo de lado para ficar na frente do computador, se oferecendo, aceitando elogios e criando um mundo aleatório e propício a desenganos.
Refiro-me aos casos que deixam marcas, que magoam, que desintegram as mentes, que começam atropelando o bom senso e desvirtuando qualquer tentativa de relacionamento saudável.
Ressalvo as pessoas que moram longe e que se mantém unidas pelo convívio digital, mas que iniciaram conversando, falando de seus sentimentos e intenções futuras, que parecem ter crédito, boas maneiras e respeito. E que não invadem o espaço de ninguém sem a devida permissão. E nem jogam nas caixa de mensagens toda sorte de inconveniências e imagens suspeitas que não foram solicitadas, e, provavelmente, não serão aceitas.
No dia a dia falamos com diversos grupos de música, poesia, pintura, escultura, trabalhos manuais. Temos a arte como um dos objetivos para nos comunicar.
Mas encontramos pessoas que só elogiam em todas as curtidas e que não estão sendo sinceras e nem levando em conta que a carência da pessoa pode sofrer perdas com essas inverdades que são ditas.
Claro que gostamos de críticas construtivas e elogios que, de certa forma, merecemos, por nossa postura nos comentários, por nosso trabalho postado em blogs ou redes sociais diversas.
Mas usar o falso elogio para obter vantagens pessoais é um ato falho e desprovido de adequação. Cria-se uma atmosfera artificial que pode causar danos aos que não tem uma percepção interna, profunda e racional. Pois, nada percebem nas entrelinhas e se deixam entusiasmar pelo vazio.
Penso que, ao contrário, deveríamos postar na caixa de mensagens, algo que acrescentasse às pessoas. Por exemplo, chamar atenção sobre alguma palavra usada com impropriedade, ou algum lapso na escrita, se for uma postagem literária. Tudo isso, com respeito e boas maneiras.
Tentei esse procedimento e fui bem aceita, porque uma certa intimidade, um certo grau de amizade, justificam essa interferência.
Podemos conhecer pessoas muito queridas que se tornarão amigas, dentro e fora da tela do computador.
E não é preciso dizer tudo o que os outros dizem, por dizer.
Para conhecer pessoas de boa índole e boa conduta, sempre é melhor usar de sinceridade.
Ficar no anonimato não deve ser uma justificativa para usar máscaras e mergulhar num perfil falso.
Ser e parecer o que se é, sempre leva a resultados positivos e esperados.
Divirta-se no Facebook quando encontrar suas amizades, Conte piadas, escreva mensagens, dê dicas sobre uma música, sobre um bom livro ou filme.
Divirta-se de modo saudável e seja a mesma pessoa, onde esteja.
Não faça mau uso das redes sociais.
Preserve sua vida, seus dados pessoais, seus problemas de foro íntimo.
Compartilhe um sentimento de tranquilidade e bem-estar, envie fotos onde a alegria se sobrepõe. Fale da natureza, dos seus animais de estimação, dê dicas alimentares, de beleza, de eventos culturais. Compartilhe sua alegria, marque um chá entre amigos ou combine uma caminhada à beira rio.
Aceite aquele convite para passar o dia, cavalgar e pescar, no sítio de uma amiga.
Faça do Facebook um aliado para exercer a comunicação sadia e não o transforme em muro de lamentações.
Ninguém aprecia pessoas que só falam de si mesmas e de seus problemas, indefinidamente, sem deixar que os outros falem.
Mas apreciamos pessoas que conservam o sorriso nos lábios, um olhar direto e sereno. E que já acordam dizendo palavras de fé e esperança.
São pessoas que abrem a janela para ver o Sol, mas ao encontrar a chuva, vão abençoá-la, do mesmo modo.
Sinceramente?
Façamos do Facebook um instrumento que possa acrescentar algum benefício aos nossos dias.
Parece utopia?
Sei lá...
KATIA CHIAPPINI
SEJAMOS SINCEROS!
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