Aquarela de poesias

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Poesias para você

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

SÃO COISAS MINHAS

SÃO COISAS MINHAS


 SÃO COISAS.MINHAS...

Quantas vezes já ouvimos essa frase dita por uma pessoa amiga?
Temos duas opções: tentar ajudar ou desconsiderar o pedido de ajuda, implícito.
Desconsiderar e seguir em frente é mais confortável. É com o se disséssemos:
- Cada um com seus problemas.
Tentar oferecer o ombro amigo é mais difícil por que requer entrega e companheirismo.
A frase é:
- São coisas minhas.
Quando a ouvimos, se tivermos empatia, não vamos ignorar o pedido velado de ajuda.
A pessoa está sugerindo que existe um problema.
Como não quer incomodar ninguém, ela diz essa frase que deixa escapar, nas entrelinhas, sua mágoa. E a face triste não mente. E quem tem bons sentimentos, recebe o chamanento e o acolhe.
É preciso se aproximar, sentar ao lado da pessoa e se mostrar acessível.
Se a confiança se estabelecer, iremos conhecer os motivos ainda não revelados a ninguém.
São coisas minhas mas não o são.
São coisas que entristecem e cuja solução restitui a paz de espírito e a esperança. E que justificam seguir em frente.
São coisas do ser humano enquanto imperfeito.
São coisas de quem aceita os erros para se fortalecer mais adiante.
São coisas minhas, suas e nossas.
Um ombro amigo se impõe, uma palavra de fé é esperada, um aperto de mão é bem-vindo e um abraço é reconfortante.
Enquanto não nos comunicarmos sobre nossas aflições, nossos problemas estarão sujeitos a se trabsformarem numa bola de neve.
Não somos ilhas perdidas em alto mar.
Somos dependentes de uma comunidade para bem viver, para superar nossas vicissitudes.
Mesmo e principalmente as pessoas que moram sozinhas, se deparam lembrando dos almoços em família, dos banhos de balde no pátio da casa, dos pés descalços correndo da chuva, do convívio com os primos e das confidências da adolescência.
Quando ouvir movamente:
- São coisas minhas...
Acorde sua consciência e dê atenção ao próximo que há muito não está próximo de ninguém, porque já se isolou no próprio casulo.
E se ali permanecer estará sujeito às doenças da alma, às desilusões constantes e ao esquecimento.
E quando percebermos, poderá ser tarde para agir.
E Deus não se sentirá acolhido!
Kátia Chiappini
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