Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 6 de maio de 2016

MINHA MÃE

                       MINHA MÃE

Minha mãe foi uma mulher de valor. E uma mulher com prendas domésticas que tinha prazer em cuidar da casa e da família.
Seu entendimento sobre os fatos da vida era consistente, real. E seu modo de proceder era correto e justo. Podíamos confiar em suas previsões sobre as pessoas e fatos. Seu olhar era apurado e sua mente quase visionária.
Tinha seu lado artístico. Conseguia pintar retratos, trabalhar em cerâmica e porcelana, em escultura, em argila e em pintura em tecidos, tais como seda e cetim. Suas mãos eram de fada e seu trabalho reconhecido por outros mestres das Belas Artes.
Mas se não fosse uma mulher com tantas qualidades, mesmo assim, nesse dia comemorativo que se aproxima, eu seria feliz porque foi minha querida mãe.
Desejo que todos os leitores abracem e beijem suas mães e se lembrem de voltar, reconhecer e agradecer por todo o carinho que receberam delas.
As mães são o equilíbrio do lar, o tempero, o conforto, o apoio maior nas horas difíceis.
Mães não morrem porque tecem laços profundos nos corações de seus filhos. Elas passam para outro plano mas deixam seu exemplo de vida, sua força de luta, sua têmpera e dedicação. 
Minha mãe desenhava, fazia um molde, cortava e costurava suas próprias roupas. Desde bem pequena ela costumava sentar ao lado de minha vó, quando essa estava trabalhando com sua máquina Singer, de boas lembranças. Mamãe ficava fascinada com as criações de minha avó que fazia as roupas para seus sete filhos.
Então, começou cedo a confeccionar suas próprias roupas e tinha um gosto apurado e uma figura elegante, o que lhe valeu muitos elogios.
Essa foto é de mamãe em traje de dormir que ela mesma fez. Mamãe gostava de fazer camisolas em cetim e seda, como se fosse uma dama dos filmes românticos, onde as mulheres se vestiam com trajes longos e deslumbrantes.
Mamãe chegou a expor em galeria de arte, uma coleção que apresentava tecidos nobres pintados à mão.
Ela mesma fez os contatos com a imprensa e foi entrevistada, em vários programas locais. E vendeu todas as peças que pintou. 
Mas, antes de tudo, amo minha mãe pelos dias que ficou perto de minha cama, quando eu tive febre.  Amo mamãe pelas histórias de vida que me contou, pelas confidências que me fez, pela capacidade de lutar, para que nossa família tivesse um padrão de vida que permitisse investir na educação: única herança que permanece.
Que todos os corações se enterneçam em mais uma data comemorativa do dia das mães, nesse segundo domingo de maio.
Que a paz dos lares se intensifique no amor verdadeiro.
Que as mamãe mais velhas sejam, igualmente, lembradas com carinho.
Que Deus derrame sua bênção na direção de todas as mães do mundo.
E que tenha piedade daquelas que ainda não encontraram seu caminho.

KATIA CHIAPPINI

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