O vazio não é nossa verdade. Somos cheios de bênçãos, de bons momentos, de filhos ,netos, profissão, parentes, objetos que amamos, vida social : uma vida voltada para a arte, para o belo. Mas somos insatisfeitos como raça humana, instigantes, curiosos, ambiciosos. Então, vamos descortinar nossa melhor face, buscar o que nos faz bem, pertencer a um grupo de orações, levar gêneros num asilo, meditar, ficar quieto com nossos pensamentos, buscar estratégias para mudar a rotina e alguns fatos de nossa vida, de modo a deixá-la mais produtiva e colorida . E a renovação será na medida certa de nossas necessidades e reais possibilidades.
O vazio deve ser um momento de transição onde estaremos escolhendo novos rumos, novos olhares e novas oportunidades .Não pode significar uma permanência em nossa vida porque tudo e todos sofrem modificações na busca da própria verdade.
Deus, em Sua sabedoria, não nos criou para ser um conjunto vazio .Mas se sua vida passada não lhe fez jus, deixe-a de lado e não traga para o presente todas essas lamentações, não relembre-as a cada nascer do Sol. Cada vez que insiste em relembrar suas tristezas, você impede que um raio de luz desperte seu sono, a cada manhã. E só as sombras lhe farão companhia, sem que perceba.
Deus espera que nossa missão seja cumprida com louros, fé, esperança e caridade.
E Deus espera que nosso semelhante seja alvo de nossa preocupação para que se erga a cada queda, bem como, nos ergue quando deslizamos nos precipícios que as circunstâncias nos impõem, interagindo em nossa vida.
Precisamos uns dos outros e não devemos nos isolar como ilhas.
Só a força do amor universal terá o impulso necessário para nos conectar a todos os seres unidos num plano maior e espiritual. Mesmo que nossa compreensão não alcance os desígnios divinos, esses são o cerne de nossas vidas.
Segurar na mão de Deus é não estar só!
Mas, não nos deixemos levar pelas massas de manobras que sufocam e tiram o tirocínio. Exerçamos o livre arbítrio e tenhamos a dignidade de discordar e de manifestar nossa verdade, sem nos deixar intimidar.
Não precisamos mergulhar nesse mundo fútil, onde o poder desmedido e a ambição invejosa tentam nos levar aos atalhos escusos e perigosos.
Nada justifica perder a própria idoneidade e o nome honrado que nossos antepassados construíram com sacrifício e lisura.
Quem recebe favores e se deixa corromper pelo poder do dinheiro leva um tombo maior do que seus ombros possam suportar e se torna doente de alma e esquecido pelos pseudos amigos.
Então, vamos sair do vazio pelo próprio esforço, com dignidade. E aceitar o sofrimento que tivermos que passar para atingir o bem maior: o renascimento espiritual e de fértil semeadura, que nos virá por merecimento.
No desvendar da natureza pródiga que nos cerca e que nos dá o sustento, na descoberta de nós mesmos, na nossa capacidade de superar conflitos, está a razão para não afundarmos na vazio.
Somos centelha divina e o Criador nos envolve num manto protetor e grandioso em benevolência.
E se em nossa vida conhecermos uma alma gêmea, é preciso compreender as imperfeições para conseguir viver em harmonia. Não somos juízes de ninguém e precisamos aprender a perdoar para sermos perdoados.
Só o perdão nos torna dignos, só a humildade nos torna sábios.
Sejamos plenos!
KATIA CHIAPPINI
SUPERE O VAZIO INTERIOR!
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