Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 5 de maio de 2017

POBRES MÃES (sem o seu dia )

                          POBRES MÃES
                           ( sem o seu dia )

Rainha sem coroa
Fada sem varinha
Está andando à toa
Saindo fora da linha

É mãe da calçada
Sem eira nem beira
É mãe abandonada
Sem quem a queira

Pobre, já preterida
O filho nos braços
É a mãe desnutrida
Mostrando cansaço

Mães são tantas!
Sós, a perambular
Sem velha manta
Sem sequer se abrigar

São mães em agonia
Carregando traição
Sem cria e sem via
Sem compreensão

Pois, aos tropeços
Pegam roupas cerzidas 
Vestem-nas do avesso
Para comprar comida

Há ainda outras mães
De homens de gravata
Qual raivosos cães
A se valer de bravatas

São mães de políticos
Cujos valores apodrecem
Mães em estado crítico:
- Não suportam a dor: falecem.

KATIA CHIAPPINI




5 comentários:

  1. Colocando o dedo nas chagas sociais...é isso aí, infelizmente!
    O meu abraço, Katia.
    Beatriz

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  2. Obrigada,é triste mas é real, cara Beatriz!

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  3. Poema de grande profundidade...
    Várias reflexões tira-se dos versos, das estrofes...
    Mães que com zelo, cuidam de seus rebentos... E esses em suas jornadas escolhem em faze-las felizes ou infelizes.
    Há mães que morrem de orgulho do bom orgulho.
    Há mães que morrem de desgosto, porque a maledicência herdou seus filhos.

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  4. OBRIGADA,CARO ESCRITOR ADILSON PELO COMENTÁRIO E PELO ENTENDIMENTO DO TEXTO NAS MESMAS PROPORÇÕES QUE EU PRETENDI DAR AO TEMA.

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