O Ano Novo já surgiu e veio com fogos de artifício, comemorações em restaurante, em salões de dança, em família e nas ruas, onde as mesas colocadas nas calçadas abrigam os adeptos de uma cerveja e de um bom papo.
Mas a impressão que fica é a de que 2015 ainda se impõe, como se não tivesse terminado .É como se 2016 fosse ainda 2015.
O Congresso Nacional entrou em recesso deixando para trás importantes decisões políticas que o país estava e está aguardando.
A Bolsa de Valores e os rendimentos da caderneta de poupança despencaram vertiginosamente. O dólar alcançou um patamar que desorienta e preocupa. E isso já se fez sentir nas atividades do turismo de férias.
Os impostos castigam o povo e se constituem numa ameaça constante.
A Petrobrás perdeu seu posto em importância e vem sofrendo desfalques fantásticos. E a gasolina custa mais caro e ocasiona a suba dos derivados do petróleo, dos sub-produtos.
Os corruptos estão a esperar a prisão, efetivamente.
As mulheres sofrem maus tratos e as crianças, pobres inocentes, sofrem com os pedófilos, sequestradores, psicopatas e assaltantes.
As discriminações de raça, cor, gênero, religião, opção sexual continuam em pauta.
Em relação ao trabalho que desempenham, mulheres ganham um salário menor em relação ao homem que tem a mesma função.
Poderíamos aprofundar o tema sobre as péssimas condições de presídios, hospitais, escolas, asilos, orfanatos e moradia.
Mas vamos aguardar providências em 2016. Sabemos que se o homem público mudar de postura e reformular sua escala de valores, afastando-se do ninho de cobras, quem sabe, seja possível agir em prol de um povo sofrido, submisso e cansado de reivindicar seus direitos vilipendiados.
O novo ano sempre traz consigo uma nova esperança e um novo olhar.
Vamos acreditar que a sensibilidade e não o carreirismo possa vir à tona, sem demora.
Os avanços tecnológicos se multiplicam aos nossos olhos e nem é possível acompanhá-los,
Inversamente, o homem não cuida do seu espírito e se deixa contaminar pela poluição social, pela massa enlouquecida que acredita que queimando os bens públicos está colaborando para alguma coisa .É uma atrocidade e um sinal de maldade fazer os bons cidadãos, cumpridores de suas obrigações, serem atingidos por balas perdidas.
Mas é preciso triplicar as verbas para a educação. Um povo sem cultura está sujeito a permanecer como massa de manobra. E não saberá escolher seus representantes, por ocasião das eleições.
Vamos nos valer dos sindicatos de classe para avaliar a situação e lutar, pacificamente, por nossos direitos de cidadãos.
Muito há para ser feito. E sabemos que houve um propósito de adiar decisões que estão gerando conflitos internos nas bancadas dos governantes. Um quer acobertar o outro porque tem telhado de vidro e esse jogo de interesses leva a prorrogar decisões de grande importância para o gerenciamento da democracia.
Mas o choro é livre. Só que não podemos permitir que seja inútil.
Em 2016 vamos tentar completar 2015 antes de planejar o novo ano. Vamos desejar que os planos anunciados sejam cumpridos no prazo.
Que em 2016 seja possível equilibrar a balança comercial ,bem como, incentivar as exportações, concluir as obras públicas, ampliar verbas para a construção de casas-lares aos desabrigados.
E vamos lutar pela não continuidade de um partido que parecia ter bons propósitos, mas que se valeu da manipulação das massas para denegrir a imagem do Brasil, internacionalmente.
A mudança de rumos na política é urgentíssima e a atual situação é insustentável.
Venha 2016 com sua bandeira de lutas em prol do bem comum,tão incomum, nos tempos de hoje.
E desejo mais amor ao semelhante, tão diferente no modo de ser tratado, pelo sistema vigente e deprimente.
KATIA CHIAPPINI
2016,venha!
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