Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 12 de abril de 2019

METÁFORA

                           METÁFORA

Vamos recordar que a palavra metáfora se refere às comparações de ideias que nos levam a criar uma imagem falada para explicar o sentido de um termo ou expressão.
Algumas delas:
Viajar na maionese- estar fora de um contexto
Luz no fim do túnel- ainda resta uma esperança
Manteiga derretida- pessoa muito sensível e que chora por nada.
Docinho de coco- uma pessoas muito meiga
Carregar o mundo nas costas- ter muitos problemas para resolver
Dar murro em ponta de faca-insistir em algo que não vale à pena
Mas o grande escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe, um estadista e, também, pesquisador no campo da ciência natural, escreveu uma obra onde se refere ao termo metáfora, com sentido figurado em relação aos humanos.
Sua obra mais citada é denominada'' Fausto'', onde usa alegorias e símbolos com maestria.
Ele diz que todos nós somos metáforas.
Significa dizer que somos múltiplos, mudamos de perfil, tomamos outras personalidades o tempo inteiro, como camaleões.
São as idiossincrasias que nos levam a agir sob influência de agentes exteriores ( alimentos, medicamentos, ansiedade, dor )
Essa é uma característica comportamental de uma pessoa ou de um grupo de pessoas , revelando predisposição para mudar suas atitudes para atender circunstâncias do momento.
As mudanças são necessárias quando sofremos ameaças, são as particularidades do modo de agir de cada pessoa.
Mas, se precisarmos agir com subterfúgio, nosso cuidado deve ser o de voltar ao início, ou seja, deve preservar nossa conduta habitual que precisa se revestir de transparência e idoneidade.  
Nossas máscaras não devem nos confundir.Precisamos ter em mente o que nós mesmos queremos de nós. As máscaras precisam ter um tempo para existir e um tempo de serem descartadas.
Não podemos ser, o tempo todo, uma dualidade, nem ser uma personalidade difusa, inconsequente e volátil. 
Diante dessa confusão de vários seres distintos habitando o mesmo ser, precisamos assimilar nossos próprios valores para recuperar a identidade comprometida.
Temos tentações de toda ordem. 
Os partidos políticos se apresentam tentadores. Subir os degraus na profissão escolhida requer cuidados, pois, subir a qualquer custo, pode ser perigoso e levar ao arrependimento, às vezes, tardio.
Goethe usava metáforas em seus escritos.  É autor de várias imagens metafóricas.
Se não nos deixarmos corromper, se nossas máscaras não forem opressoras, se nossos conceitos seguirem o caminho da retidão, se o nosso caráter não oscilar, então, teremos condições de nos envolver com alguma capa protetora que a qualquer momento, cessadas as circunstâncias, possamos retirar. 
Nos dias atuais somos impelidos a nos disfarçar de leões em pele de cordeiro, somos levados a concordar com o que não concordamos, a bajular, sem que queiramos. 
Nas relações amorosas, essas máscaras podem desconfigurar a figura do ser amado. É por esse motivo que incorremos em enganos e nos tornamos alvos de ações arbitrárias e fatais.
O desconhecimento da verdadeira personalidade dá origem aos atos passionais de toda ordem, pois a camuflagem é programada para levar vantagem, enganar, dissimular sentimentos e agregar desavenças, paranoias, perseguições.
Mas, que os homens de bem ainda queiram sê-los. Esses devem se valer apenas de um momento transitório, onde idas e vindas se equilibrem com cautela e bons propósitos.
Que os passos largos voltem a ser mais curtos e conscientes, porque mais maduros.
Para tal, precisamos reavaliar nossos valores, nosso'' Eu essencial'' e nossa centelha divina. 
 O bem deve superar o mal, o trabalhador deve superar o indolente, a honestidade deve se sobrepor à desonestidade.
Goethe deixou escrito para a humanidade, em outras palavras, mas com o mesmo sentido:
- Beber um bom vinho nos deixa alegres e a alegria é a mais importante das virtudes.
 E ainda desejo acrescentar:  
- E só podemos obter a verdadeira alegria, praticando o amor ao próximo, sendo solidários e zelando por nossos princípios e valores, sem tomar rumos perigosos, cujos desvios, fatalmente, nos farão rolar num precipício sem volta.

                                            KATIA CHIAPPINI

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