BONECA COBIÇADA
Boneca de trapos de pano
Qual roto e velho fantoche
Não será um fato desumano
Ser digna de um cruel deboche?
Boneca sem rumo que rola
Na descida íngreme e colossal
Quer ser jogada, em breve, fora
Como um lido e relido jornal?
Boneca que se diz cobiçada
Está preocupada com a beleza
Nem lembra que não é amada
E que não faz jus à delicadeza
Ao olhar seu rosto no espelho
Pensa que se vive só de palmas
Mais vale trocar o batom vermelho]
E lutar para buscar o brilho da alma
KATIA CHIAPPINI
BONECA COBIÇADA
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