Aquarela de poesias

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Poesias para você

domingo, 8 de julho de 2012

PRANTO


     PRANTO & DESENCANTO                   

O pranto condena
Esvai-se a alegria
Está na pauta, em cena
Vem com a nostalgia

Pranto é consequência
Arrependimento não tardio
É tomada de consciência
De um ato doentio

Pranto é alteração
De humor, de tranquilidade
Pode advir da inquietação
Ou da dor de uma saudade

Pranto é tanto agonia
Como uma noite agitada
É sentir a alma fria
Como se estivesse anestesiada

As vezes é emoção
Simples gesto de amor
Vem em turbilhão
Está distante da dor

Quero enxugar meu pranto
Não esquecer de viver
Não fazer da noite um manto
Sombrio a me envolver

Quem é mau nessa vida
Faz por merecer seus ''ais'
A soberba traz a ferida
Quanto menos, temos mais

O pranto é desencanto
Quando se quer educar
Saber dizer não -garanto - 
Também é um jeito de amar

Se o pranto desviou
O filho da direção
O pai, por certo, falhou
E a mãe não lhe deu atenção

Mais que a guerra, o que destrói
É a chaga da impunidade
É o mar de lama que corrói
O Bem, O Belo A verdade

Se rios de lágrimas bastassem
Para recuperar o delinquente
Queria que meu pranto jorrasse
Bem mais que o do sangue inocente

KATIA
Email: k.treen2@hotmail.com









Um comentário:

  1. O sangue do inocente, infelizmente jorra mais do que o pranto redentor de Cristo, nosso Pai.

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