FRIO
Frio é arrepio
É algo vazio
O sol nem surgiu
O frio chegou sem brio
É estado da alma
Quando se está só
É perder a calma
É cordão sem nó
Frio é socorro
É um grito que vem
Por saudade morro
Tenho frio também
É frio à beira-mar
De mãos na madrugada
Mas se o amor chamar
Que frio, que nada !
Frio é desalento
É momento de dor
Depois do lamento
O amor traz o calor
Vejo o frio da pobreza
Que dorme na calçada
Que no gesto de nobreza
Espera a roupa acolchoada
Tem o frio da solidão
Esse do filho pródigo
Falta pedir perdão
Porque esse é o código
Tem o frio da gauchada
Do sul, do céu desse pago
Tem lareira na pousada
E mate amargo como trago
Esse é o frio gostoso
Que no lazer nos invade
Tem o ''causo'' escandaloso
E o riso frouxo da amizade
Tem o abraço da prenda
No início da madrugada
Do prazer não se arrependa
Aceite o corpo da amada
Acorde com muito calor
Sinta-se revigorado
Deixe o frio no cobertor
Agasalhe a prenda a seu lado
Se eu estiver amando
Que venha o frio a trote
Corpo a corpo acelerando
Fabrico calor e dou o bote
KATIA
Email: k.treen2@hotmail.com
O frio maior cobre a alma.
ResponderExcluirMUITO FRIO!
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