MINHA QUERÊNCIA
Querência de fogo de chão
Que ensaia a dança da fita
Que brilha na do facão
Que põe ''boia'' na marmita
Doce ou amargo é o chimarrão
Saborosa é a churrasqueada
Pitoresco é o galpão
Que reúne a peonada
A terra é hospitaleira
Tem carteado com o gringo
Tem cavalo de carreira
E o almoço de domingo
O mascate está nessa
Com sedas e armarinhos
A prenda chega sem pressa
Requebrando de mansinho
A criança rola no feno
Depois vem o banho no açude
Que seja grande ou pequeno
Mas o rancho - não se mude -
Verdes campos de meu pago
Com perdiz e avestruz
Com criação de gado
Com feijoada e cuscuz
Conheci o cão ovelheiro
E o seguia correndo atrás
Via o trabalho do tropeiro
E a bravura do capataz
Graças aos meus tios gaudérios
Passei a infância na fazenda
Nela vivia meus mistérios
Foi minha melhor encomenda
Á tarde o acordeon soava
Com milongas e chamamés
Eu tocava e a peonada dançava
Marcando a terra com os pés
Se Deus não criasse o pago
Seria de minha autoria
Deixei minha imagem no lago
Trouxe a querência na poesia
katia
Email: K.treen2@hotmail.com
Querência de minha infância feliz.
ResponderExcluirAmo a querência que me deu abrigo e onde criei filhos e netos.
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