Aquarela de poesias

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Poesias para você

sábado, 13 de fevereiro de 2016

DOIDA?

                             DOIDA?

Doida fagueira, festiva, fogueira
Insinuante, trepidante, faceira?
Ou doida mulher que se quer dengosa
Mulher tão atrevida quanto ardilosa?
Doida porém suave, de bela figura
Ou doida de fato e não mais pura?

Venha como vier e tenha doce perfume
Com riso solto e quadris ondulantes
Seja superior e domine o ciúmes
Disfarce o gênio e seja cativante
Seja travessa mais sempre uma rosa
De gestos delicados e harmoniosa

Entre o raiar do dia e da noite
Sejamos ora doidas e e ora afoitas
Na conguista de beijos e açoites
Mesmo escondidas entre as moitas
Essa doidice movimenta a vida
Mas nem sempre nos dará guarida

Seja como for temos que equilibrar
O doce molejo e a malemolência
Ora esperando na sala de estar
Ora no quarto em efervescência
E tudo o mais que vier a acontecer
Fará o brilho do olhar renascer

São os mistérios da vida que hão de vir
São os momentos de magia a surgir
Entre espinhos e flores estamos a sonhar
Mas mil carícias irão nos acordar
Somos, as mulheres, doidas de atar
Mas também somos doidas de amar

KATIA CHIAPPINI


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