Aquarela de poesias

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Poesias para você

domingo, 20 de março de 2016

CAMINHOS DO MUNDO

                   CAMINHOS DO MUNDO

A cada dia que passa estamos nos surpreendendo com os desafios de um mundo apressado, de uma gente nervosa e que envereda por descaminhos.
Os avanços científicos e tecnológicos criam novos parâmetros e transformam o homem.
E nessa avalanche de inventos da informática perdemos de vista o nosso potencial transformador que é o espírito.
Não necessitamos ostentar riqueza e poder. Precisamos nos ocupar com o desenvolvimento do pensamento crítico para interagir com o bem comum. Devemos nos empenhar na luta pelos direitos do cidadão, pela aplicação eficaz das leis para que, só assim,se faça justiça.
E por que não retomar as discussões filosóficas para debater os princípios cristãos em descrédito?
Houve um tempo em que as pessoas acreditavam em Deus.
Depois, o desenvolvimento da ciência e a chegada da revolução industrial, parecem ter absorvido o pensamento religioso. O homem passou a desacreditar em Deus para acreditar na ciência como princípio de todas as coisas.
Hoje o poder parece ter se voltado para a máquina. Na automação, na robótica , está a crença. A crença passou a ser reinventada pela tecnologia. Passou-se a confundir o campo religioso com o campo da ciência e tecnológico.
E a era do computador, com o surgimento dos tablets e demais avanços tecnológicos, se encarrega de roubar a cena. 
Hoje as pessoas querem se expor indevidamente nas redes sociais e postam fotos e comentários que denigrem a própria imagem. 
E, não satisfeitas, criam postagens ofensivas, como se estivessem descarregando a sua agressividade e revolta em baldes de lama.
E as redes sociais mostram imagens com cenas cruéis, revoltantes e sem nenhuma razão de ser.
Sabe-se que os radicais islâmicos fazem questão de mandar repórteres para filmar suas matanças e torná-las um espetáculo público  lamentável. Tudo se transforma em apelo na internet.
E, quando se percebe, a matança nem é mais motivo e indignação.
O futuro se torna uma incógnita e não se sabe o que nos espera.
A humanidade parece não se dar conta de que está acelerando o seu fim.
E essa avalanche de informações e descobertas levam o cidadão a se desviar dos fatos históricos.  E perde-se a noção da importância de rememorar o passado como base sólida para a construção do conhecimento.  E para o entendimento dos fatos presentes.
É como se entrássemos num mundo que nem começou para  sair de outro que nem acabou. E nesse atropelo estamos perdendo nossas raízes, nossa base filosófica. É nosso pensamento segue nas sombras e envereda por conceitos precipitados e nos faz agir no andar da correnteza que não mais se contém. 
Segundo os estudiosos, no ano de 2030, a inteligência artificial vai superar a inteligência humana. O homem seria metade homem e metade robô.
Se as peças mecânicas forem colocadas no corpo humano substituindo as partes doentes e de tal forma que o paralítico possa se locomover, por exemplo, estaremos diante de um fato interessante: uma possibilidade de vida mais longa, uma sobrevida que poderá chegar a atingir uns 150 anos.
As grandes epidemias talvez já tenham sido erradicadas pelas descobertas feitas no campo da medicina.
Isso quer dizer que é possível que tenhamos à disposição novos procedimentos, novas vacinas, novos aparelhos aplicados à saúde dando novos rumos á humanidade.
Homens teleguiados vão estar em toda parte.
Adauto Novaes, filósofo e escritor, fala sobre a teoria das mutações e seus efeitos.
O grande perigo de tanta informação é o de ver o homem se voltar para sua individualidade. É o de ver o homem cada vez mais egocêntrico e sem evolução espiritual.
Então haverá uma relação inversa entre o homem brilhante intelectualmente e o homem solidário: quanto mais brilhante menos solidário.
E, certamente, mais solitário.

KATIA CHIAPPINI

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