O conceito de distanciamento supõe afastamento.
Há uma distância real. outra presumida, outra inesperada, mais ou menos sofrida.
Podemos estar longe da pessoa amada e nos sentirmos perto dela por razões sentimentais.
Em outras ocasiões podemos habitar o mesmo espaço físico e estarmos bem distantes porque falta a comunicação entre pessoas.
A distância dos valores essenciais, entre as pessoas, pode ocasionar o caos na sociedade.
E quando se observam atitudes nocivas ao bem comum, tais como, ambição desmedida, bajulações, ânsia de luxo e poder, a não observância de leis , decretos e normas, as estruturas sociais sofrem prejuízos incontáveis.
Alguns quilômetros a percorrer podem nos aproximar de parentes e amigos distantes.
Mas se a distância for decorrente de ressentimentos, de ferimentos internos, precisamos vencer as barreiras da incompreensão, do orgulho e da prepotência, que se interpõem aos bons propósitos.
Atualmente, os jovens se distanciam dos ensinamentos recebidos no lar e se perdem em caminhos obscuros, muitas vezes, perigosos.
E se sentem ameaçados por pessoas de caráter duvidoso.
Essas crianças e jovens se sentem num labirinto crescente de insegurança, quando percebem que se tornam gestores de suas vidas, já que se tornam vultos invisíveis no próprio lar.
O egoísmo é um mal do século e responsável pelo distanciamento e falta de uma comunicação interativa.
Quando o lar é construído em bases sólidas, cada membro da família recebe atribuições a cumprir dentro da rotina doméstica.
E forma-se um núcleo onde há respeito e união de esforços.
Questões de divisão dos bens, num processo de inventário, geram conflitos e distanciamento.
Problemas de relacionamento que culminam com o divórcio, é um distanciamento necessário quando já houve tentativas de solucionar a situação, porque ,ao que tudo indica, esgotaram-se as possibilidades de solução e as tentativas de entendimento entre os envolvidos.
Convém ressaltar o distanciamento consensual, quando um grupo tem em comum a prática da meditação e do retiro espiritual.
Há um distanciamento decorrente da depressão. Nesse caso é necessário levar o fato ao conhecimento de um profissional competente para se envolver na solução e estudo dessa doença da alma. E sabemos que os próximos passos, sem tratamento médico, podem levar à esquizofrenia e ao suicídio.
O atual distanciamento social, ocasionado por pandemia, deve ser visto como uma provação que se alastra por todos os continentes
e que não depende de nossa vontade .Só o tempo, a racionalidade e os estudos da ciência e medicina, podem ser nossos aliados.
Tudo se evidencia e se assemelha a uma grande incógnita. E de nada adianta culpar pessoas cujo propósito é promover políticas públicas. Com erros e acertos chegaremos a bom termo.
O distanciamento por problemas relativos aos fenômenos da natureza não temos como interferir.
Mas o distanciamento afetivo que nos ceifa a tranquilidade, esse depende de nossos atos. Cada ação praticada com intuito de prejudicar outra pessoa, sem respeitar os devidos limites, terá suas consequências.
Então, não precisamos potencializar as picuinhas do dia a dia, as fofocas de comadres, os comentários fúteis ou maldosos.
Vamos valorizar nossa permanência na terra praticando boas ações, e buscando as oportunidades de crescimento espiritual.
E se buscarmos vivenciar as virtudes da fé, esperança e caridade
vamos nos surpreender com os resultados e perceber que temos como espalhar mais luz ao nosso redor e superar as próprias limitações.
KATIA CHIAPPINI
DISTANCIAMENTO!
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