LAR DA FELICIDADE: REFLEXÃO

 

LAR DA FELICIDADE

Lar da felicidade

Katia Chiappini

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LAR DA FELICIDADE

O lar da felicidade deveria ser criado para aconchegar a terceira idade e promover todas as artes.

Seria um local amplo e acolhedor onde os idosos se sentissem alegres e participantes de um grupo de entretenimento.

A programação poderia ser diferente a cada dia .Peças de teatro, recitais, canto coral, pintura, artesanato, tudo para envolver os idosos.

Cursos de informática, de culinária, academia de ginástica, aprendizado de instrumentos, seriam outras ideias a colocar em prática.

Mas penso que haveria um trabalho de voluntariado dentro dessa estrutura que teria uma taxa simbólica para manter o local.

Voluntários seriam de grande valia, pois poderiam atuar nas oficinas literárias, por exemplo.

Tantos idosos iriam se dirigir ao local, levados por outras pessoas que recomendariam o comparecimento às sessões e programações.

Para quem se depara com idosos rindo, cantando, declamando, trocando abraços e se divertindo sadiamente, é um motivo de felicidade também.

Algumas empresas de grande porte poderiam ajudar oferecendo ajuda financeira para manter as atividades em constante renovação.

Dessa forma, ao invés do idoso ficar solitário, quando os familiares se dirigem ao trabalho, teria um local para passar uma tarde agradável. E para conviver com outros idosos, criando-se um círculo de novas amizades, de acréscimo cultural, de benefícios para o cérebro, para o corpo e para o espírito.

Seria criado um sistema de saúde para dar-lhes a devida assistência e cada um daria uma pequena colaboração financeira, se pudesse dar, para compensar e equilibrar as necessidades básicas dessa obra social e solidária.

Talvez seja difícil haver um local com esses objetivos.

Mas um sistema de cooperativa poderia ser posto em prática e solicitar auxílio aos cofres públicos e às pessoas de boa vontade que pudessem ''apadrinhar'' essa iniciativa.

Esses locais não seriam asilos. Seriam locais onde os idosos pudessem frequentar em suas tardes e voltar para casa com o coração mais leve para aceitar a idade com tranquilidade e conforto espiritual.

O Lar da Felicidade seria uma obra social visando a integração da comunidade de melhor idade, que só será melhor se for assistida de corpo e alma.

Pessoas aposentadas fariam sua inscrição para, de alguma maneira atuar como voluntárias. Logo iriam perceber que quando se dá amor se recebe antes de pensar na reciprocidade.

Há tantas iniciativas que frutificam ao nosso redor.

O que nos impede de pensar num Lar da Felicidade?

Digo que é apenas uma ideia que se poderia, sem dúvida, abraçar .E,criteriosamente, dar andamento, visibilidade e corpo para que um dia se materialize.

E entre tantas ideias que possamos ter, essa seria, com certeza, de grande abrangência, e traria para um grupo fundado com base na solidariedade, muitas vantagens prazerosas. Os idosos que se percebem tristes pelos cantos da casa, teriam um local de boa convivência e ampliariam seu círculo de amizades, dentro de um espaço de lazer saudável e produtivo.

No momento, é apenas um pensamento que me veio.

Mas o pensamento e a vontade de interagir seriam os primeiros ingredientes. E toda ideia pode ser levada à sério, quando a intenção é a melhor possível.

Se ainda for um sonho distante, que esse sonho frutifique!

Conheço algumas pessoas que têm planos de auxiliar instituições de caridade, ou fazer um voluntariado .Sabemos que há seres humanos que sabem retribuir aquilo que receberam, em forma de ajuda em orfanatos, asilos, centros de recuperação de drogados.

E o fazem porque tiveram seus momentos de aflição e foram ajudados com dedicação e amor, quando precisaram.

A vida é um círculo e mudamos de posição constantemente.

É preciso olhar para o semelhante com carinho e acolher suas necessidades básicas. E não precisamos esperar retribuição. Ela chega antes que se perceba quando nosso coração estiver aberto para acolher os desprotegidos da sorte.

Enquanto estou terminando esse texto, escuto uma notícia triste no rádio. Trata-se de um idoso de 70 anos que foi preso num quarto e abandonado numa casa, sem comida, sem roupas e que foi acudido porque os vizinhos ouviram seus gritos de socorro.

Justamente no momento que penso nos idosos, essa notícia me leva a desejar dias melhores a essa população de idade avançada e, não raras vezes, abandonada em péssimas condições de vida.

Como mensagem, quero solicitar que sejamos carinhosos com nossos idosos. Eles merecem receber todo o amor que nos deram, merecem viver em paz e no seio da família, enquanto isso for possível.

Que o Lar da Felicidade seja um projeto viável e uma demonstração de que ainda há pessoas de boa índole e de sentimentos puros.

KATIA CHIAPPINI

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