VÁ LAVAR UMA LOUÇA...

VÁ LAVAR UMA LOUÇA...

Há pessoas que se tornam inconvenientes pelo fato de só nos procurarem quando querem contar ''fofocas'' de toda ordem e até de pessoas que nem conhecemos.

Há pessoas que falam demais e ouvem de menos, porque só falam de si. A elas não interessa saber como foi o seu dia, como está sua saúde.

Não importa se você precisa delas para obter uma palavra amiga porque nisso não estão interessadas e não vão atender ao seu chamado.

Outras pessoas sem noção, falam o tempo todo de suas doenças para chamar atenção, obviamente, porque se doentes estivessem não estariam batendo perna e atordoando a vizinhança.

Podemos nos deparar com pessoas mais simples ou com outras letradas e de certa notoriedade .Mas, se a educação não vier de berço, vão cometer o mesmo erro de valorizar o ego mais do que o seu semelhante.

Essas pessoas precisam crescer e aprender a interagir em sociedade A vida já é uma lição, mas é preciso tirar proveito dos ensinamentos que nos traz.

Então, diante desses fatos, a vontade que dá é a de dizer:

- Vá lavar uma louça

Isso porque se a pessoa não tem o que fazer, precisa voltar a zelar pela sua casa, colocar a roupa na máquina, varrer os cômodos, levar os filhos na escola, de modo a valorizar o tempo das outras pessoas que se ocupam e não vivem de futilidades, como de falar da vida alheia.

É bem possível que você vá visitar essa pessoa, já ao anoitecer, e se depare com a pia cheia de louça suja, ali deixada desde a hora do almoço. Ou com roupas e brinquedos das crianças jogados pelo chão. Ou uma montanha de roupas colocadas na mesa de passar.

Esse tema me veio à mente porque conheci alguém que o marido ''devolveu'' para os pais, ou seja , quando se separou, porque enquanto ele trabalhava por mais de 8 horas diárias, ela andava passeando pelas lojas, enquanto deixava estragar o pedaço de carne que deveria preparar para o almoço. E o marido supria os mantimentos e a geladeira continuava cheia, mas a mesa das refeições nem era posta Quando reclamava a mulher sugeria que fossem fazer as refeições no restaurante da esquina próxima da residência.

E essa dama se enfeitava toda e se produzia para esperar o marido. Mas esse nem tinha tempo para olhar para a mulher, porque tudo o que via era a desorganização da casa a gritar por socorro.

Então, o único pensamento que é recorrente e que insiste em se fazer presente para certas situações é:

- Vá lavar uma louça...

Katia Chiappini