A FRAGILIDADE DO SER
Somos sujeitos ao pranto
Somos simples mortais
Nem sabemos tanto
Nem somos todos iguais
Por vezes, fantoches ocos
Quebradiços e preteridos
Ou simplesmente loucos
Pelas paixões movidos
Cumprimos uma missão
O trabalho é nosso suporte
Nos traz real motivação
Nos distrai da hora da morte
Erramos, tropeçamos muito
Sonhando com o que não temos
O sonho é fugaz, fortuito
Mas ainda nem percebemos
Se impelidos por vingança
Somos a dupla face da hipocrisia
Vamos sofrer em primeira instância
E ao desamor dar primazia
Melhor mostrar a face serena
E em sendo pai, saber ser filho
Ver a si próprio em outra cena
Saboreando uma canjica de milho
Parecemos sábios, sérios
Na aparência, no exterior
Nem sempre temos os critérios
Para aplacar as mágoas, o interior
Somos um só no mesmo grito
Quando tentamos nos descobrir
Possibilidades estão no infinito
Mas não sabemos para onde ir
Complexos, desconexos, somos
Não identificados, ainda embrião
Estamos onde nos pomos
Inacabados, sem solução
Somos escultura sem nexo
Seres sem pigmentação
Perplexos, sem reflexo
Pigmeus da evolução
KATIA
A FRAGILIDADE DO SER CONFUNDE-SE COM A PRÓPRIA DEFINIÇÃO D SER.
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