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Do que a gente tem, se tem pouco
Pouco ou quase nada emociona
Nesse vai e vem de um mundo louco
Sem referencial, a vida aprisiona
Desacreditamos na criatura
E muito pouco nos dedicamos
Fazemos uma triste figura
Nem sabemos o que buscamos
E muito pouco nos dedicamos
Fazemos uma triste figura
Nem sabemos o que buscamos
Esvairam-se as horas preciosas
Do descanso nas calçadas
Em cadeiras preguiçosas
Na frente da casa, enfileiradas
Adeus ao chimarrão e à prosa
Ao carteado na madrugada
O cravo já brigou com a rosa
Desfolhou as pétalas da amada
Ao carteado na madrugada
O cravo já brigou com a rosa
Desfolhou as pétalas da amada
Tão pouco se sabe da vida
Nem só nos basta o estudo
Abrimos novos sulcos na ferida
Passamos por cima de tudo
Seguimos o clamor da massa:
-Comprar,aparentar, aparecer -
Sem ver que recebemos a taça
Se amar for a razão de viver
Por que tão pouco somos
Se tanto temos a dar ?
Por que egoístas nos pomos
Sem conteúdo no olhar ?
Enquanto a ciência avança
E mais nos impõe solidão
Esquecemos daquela criança
Que estourava, feliz, o balão
É que não mais pensamos
E nem seguimos a consciência
Sem notar que caminhamos
Paro o caos, para a demência
O apocalipse não buscamos
Porque já habita nosso ser
Se instala se ao acaso ficamos
Mas, mortos, teimamos em viver
Só quando maduros nos pomos
A pensar porque ficamos sós
Concluímos que omissos fomos
E partimos sem vez e sem voz
KATIA
Email:k.treen2@hotmail.com
um pouco de filosofia e muito de verdade!
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