PACIÊNCIA

                             PACIÊNCIA

Esse é um sentimento que temos que aprender a elaborar com carinho. Ele nos acompanha durante a trajetória e é fundamental. Nas horas de dificuldades, dor, tristezas, desespero. Ele se impõe absoluto e definitivo. 
Como não ter paciência com o bebê que mama e dorme entre as mamadas? E que entre um seio e outro leva uns 45 minutos para mamar? E depois leva outro tempo para arrotar?
E a paciência com os idosos que foram nosso baluarte?
Precisamos exercitar a paciência nos pequenos acontecimentos da vida. Assim, na hora que precisarmos nos fixar na necessidade de nos controlar, em situações mais graves, teremos a compreensão necessária para exercê-la.
É preciso que se inicie no lar, no trato fraterno, na delicadeza ao falar, no uso da palavra. Ensinar aos irmãos que todos somos iguais e que devemos nos respeitar para viver bem, é indispensável.
No trânsito há acidentes, que levam os envolvidos , da discussão à morte. Se os prejuízos fossem avaliados com calma seria possível resolver tudo com palavras, de modo a voltar à paz.
Em casa, quando marido e mulher se desentendem, se houvesse uma tentativa de dialogar pacientemente, quantos conflitos poderiam ser dirimidos? 
E se você tem uma ruptura traumática, antes de perder a paciência com todos ao seu redor, procure seguir os conselhos do médico, repousar, fazer sua fisioterapia, ler um bom livro. Não torne o seu problema o único assunto de sua família. Evite a ruptura emocional e busque a paciência em seu interior.
As vezes, vivemos uma vida nos preparando para ter paciência e na hora em que mais precisamos dela, se não tivermos autocontrole, podemos ferir aqueles que nos amam. Todo o aprendizado nos prepara para agir com sabedoria e cautela no momento em que algo está saindo do controle.
Tenha paciência com seu filho adolescente. Quando ele vier conversar não ironize seu vocabulário, nem seu modo de se vestir. Não fique rindo se ele disser que gosta de um esporte radical. Se discordar, faça-o com uma boa argumentação, tentando construir um novo comportamento, propondo uma solução ou alternativa, se perceber algum perigo no que ele está dizendo. Leve seu filho á sério e nunca fique ironizando o assunto que ele vem comentar com você. Como vai se tornar um pai amigo, ou uma mãe presente, se ficar discordando de cada palavra que ouvir de seu filho?
Os pais precisam saber que se não souberem dialogar, acabarão por afastar os filhos de si. E, na hora que esses quiserem um conselho ou precisarem desabafar algo importante, como vai ser se não contarem com os pais?
A falta de paciência, falta de educação e a ambição desmedida estão nos levando ao caos. Uma avalanche está se precipitando e nos empurrando para um precipício, de todas as formas.
Começam as desavenças entre os povos e se alastram e se acumulam sem soluções. E abrangem todas as populações de todos os povos da terra.
E fatos advindos da má administração de renda por parte dos governantes, do fanatismo religioso ou ideológico, da exacerbada exigência no cumprimento das metas, no trabalho, estão tomando proporções gigantes que se alastram pelo planeta, já desrespeitado em seu direito ambiental, entre outros.
Vamos retomar alguns conceitos, nos cercar de pessoas respeitáveis e estudar maneiras de reeducar o ser humano para que se torne um povo pacificador antes de belicoso.
Vamos participar de grupos que possuam propostas nesse sentido.
É mister contar com os homens de boa vontade e exigir justiça, igualdade, liberdade de ir e vir, honestidade e consideração para com nossos semelhantes. E a dita transparência deve prosseguir no sentido de desmistificar e punir os transgressores de toda ordem.  Os assassinos, estelionatários, psicopatas, ladrões, capangas e os de colarinho branco e de alma negra. 
E haja paciência ao cidadão brasileiro para exercitar humildemente a paciência.

                                       KATIA CHIAPPINI