Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

ALGO NOVO NO ANO NOVO?

                     ALGO NOVO EM 2015?

A cada ano esperamos milagres que não acontecem.
Mas o ano é novo porque após transcorridos 365 dias, vira-se a folhinha do calendário e estaremos,novamente, no dia primeiro de janeiro. É, incontestavelmente, um fato cronológico.
Para realmente ser novo esse ano de 2015, precisamos lançar um novo olhar para o mundo que nos cerca. 
O que podemos fazer para melhorar ? Esse é apenas o começo de um modo de pensar. Mas o que os governantes podem fazer para iniciar um novo alvorecer? E estarão sujeitos às mudanças se precisarem se adaptar a novas exigências que, de certa forma, possam lhes tirar vantagens financeiras?
E essa transparência apregoada? Será feita de modo justo ou continuará valendo para uns e para outros não?
E essa quantidade de gente que é presa e logo depois é solta?
Bem, na realidade essas questões não dependem só de quatro anos de um governo. E são bem mais profundas porque o processo começou muito antes e essas preocupações já foram de outros tantos governantes.
Não cabe aos governos essa mudança radical e sim à educação do povo. Inverteram-se os valores e os princípios de verdade, honestidade, justiça e competência. Todos eles se diluíram em alguma curva da estrada da vida. Tirar vantagem é a lei maior e o apadrinhamento se tornou o modo de galgar altos postos. E a política mal conduzida retira um cidadão de um posto que conquistou com seu esforço para dar lugar a algum companheiro de plantão, do mesmo partido político .E o preço a pagar só depois se torna visível. Porque sempre haverá uma contrapartida e no tempo certo será conhecida.
E sabemos que não é fácil lidar com a dissolução da família, com o abandono dos filhos, com a permissividade vigente, com a falta de decoro e com o egoísmo que impede o cidadão de ver''um palmo adiante do seu nariz.'' 
O que parece é que nos tornamos bonecos teleguiados por controle remoto, caminhando para o matadouro, com medo de exercitar nossos direitos. E porque não queremos perder o emprego que, de um modo ou outro, nos dá o sustento.
Um funcionário público tem receio de entrar em litígio com o órgão público que detém sua folha de pagamento. Quem poderá saber se o seu salário não sofrerá algum contratempo? E os dias parados de uma categoria não serão descontados?
Diante desse quadro, só me vem um pensamento: temos que voltar a valorizar a pessoa pelo seu esforço e voltar a exercer a justiça e não tolher a liberdade individual.
Como vamos exigir alguma coisa de qualquer governo se em nossa própria casa tentamos prejudicar as pessoas que convivem sobre o mesmo teto? E aquele irmão que não fala com o outro por anos a fio e não percebe que seus pais sofrem  com isso?
E essa ambição desmedida que impulsiona para a inveja, a maldade e a inobservância do sentimento solidário e coletivo ?
Diante de tantas indagações, mesmo assim, quero desejar que uma luz surja no final desse enorme labirinto e possa iluminar um só coração. Pois um homem de boa vontade pode se juntar a outro e iniciar uma corrente do bem, sem cobrar o dízimo, de preferência.
Os sentimentos humanitários devem prevalecer para que se obtenha a harmonia. 
Se você está se queixando de falta de amor, doe-se primeiro e tudo lhe virá em acréscimo. Só não pense que, de uma hora para outra, você irá se tornar um doador de amor. Não pense que está ao seu alcance, imediatamente. É preciso trabalhar o seu interior e descobrir aquela força trancada e esquecida que você e todos nós temos para distribuir.
Quem sabe sua fé volte a lhe fazer companhia. Recolha aqueles amigos que você não tratou como mereciam e se desculpe com eles.Deixe no ano velho essas desavenças que poluem seu espírito e formam espessas nuvens em sua alma.
Reinvente-se como pessoa, como cidadão, como possuidor de uma civilidade profissional e política que interage em sociedade.
Não seja aquele homem que julga mas que não admite ser julgado. Não seja o dominador, o que tudo sabe. Nem queira ser o melhor, aquele que de melhor só tem o orgulho exacerbado.
Procure a centelha divina em você e seja um novo ser. Só assim terá um feliz ano novo, verdadeiramente. 
Não seja aquela pessoa que passa o ano esperando o novo calendário dos pneus da marca Pirelli.
Seja mais...
Feliz Ano Novo!

                                  KATIA CHIAPPINI
                                               E-MAIL:katia_fachinello42@hotmail.com



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