Aquarela de poesias

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Poesias para você

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

UM DESVIO NO MODO DE EDUCAR

      UM DESVIO NO MODO DE EDUCAR

Um pai contou um segredo para seu filho pequeno e pediu que não falasse para ninguém. Tratava-se de fazer uma surpresa para a família a respeito de uma aquisição de um modelo mais recente de um automóvel, cuja encomenda estava à caminho. Mas o pai não se conteve e acabou contando a novidade para o padrinho do filho. O menino procurou pelo pai, imediatamente, e perguntou-lhe:
-Meu pai, não era para guardar segredo?
-Ah! só para o seu padrinho podia contar.
Esse pequeno gesto que parece sem consequências deixou o filho confuso. Quem pensa em educar com firmeza deve agir corretamente. Sabemos que o exemplo fala mais que a palavra. 
Esse menino vai pensar que o pai não o considerou confiável e vai ficar desapontado e triste. Isso porque o pai lhe ensinou uma regra e agiu pela exceção. E tirou do filho a chance de ver a alegria da família toda, inclusive do padrinho, que certamente iria contar, o que era para ser segredo, a outra pessoa. E esse pai subtraiu  ao filho a oportunidade de demonstrar que sabia guardar segredo.
A educação é um processo contínuo e sério. E esse fato, unido a outros semelhantes ,pode gerar insegurança.
Ensinar o modo correto de agir é agir de acordo com o que se fala.
Ou ensinamos a verdade ou ensinamos meias verdades que não educam de modo algum.
Então, principalmente nos dias atuais, nos quais precisamos resgatar princípios e valores perdidos, urge buscar ferramentas e técnicas baseadas no respeito, justiça, solidariedade. Nossa evolução espiritual nos impõe essa compreensão. E dela depende nossa tranquilidade: a de saber que estamos buscando o melhor para a nossa vida e a de nossos descendentes.
E se pensarmos no fato de que os pais se separam, fica mais difícil manter, de comum acordo, as bases da educação. Um dos cônjuges é sempre o vilão e o outro é o'' prafrentex''. Mais tarde o filho vai descobrir que o vilão é o que verdadeiramente amou. O ''camaradinha'' é o que jamais saiu de sua zona de conforto e tudo permitiu. E isso jamais foi prova de amor.
E jamais um filho que se sinta amado vai odiar o ''vilão''. Pode demorar um pouco, mas vai entender que se preocupar, aconselhar, advertir são atitudes de amor e de proteção. 
E os filhos, mais cedo ou mais tarde,percebem que impor limites é demonstrar amor.

                                      KATIA CHIAPPINI


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