Aquarela de poesias

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Poesias para você

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

ERNESTO NAZARETH

                    ERNESTO  NAZARETH

Ernesto Nazareth (1890-1920  ocupou um lugar de destaque entre os compositores populares brasileiros. Destacou-se por ter sido um intérprete de sensibilidade única e apurada. Sua obra consta de mais de 220 peças escritas, sendo permanente e representativa de uma era inesquecível em que a erudição desse compositor se fez presente em todos os salões de concerto. Em todos os saraus particulares. Ele ocupou por 30 anos um lugar de inconfundível destaque na música brasileira e as gerações mais jovens o escutam. 
Ernesto Nazareth fixou algumas características próprias na música popular, se identificou com o Brasil e seu jeito de sentir a música.
Ele se dedicou a nacionalizar os gêneros musicais que vinham de fora, tais como, a Valsa, a Polka, a Mazurka, a Habanera e o Tango. Transpôs para piano as pautas originalmente feitas para flauta, violão, cavaquinho, trombone e percussão. E feito isso, conseguiu dar uma formulação nova e pianística à música brasileira, sendo considerado um autêntico criador.
Ernesto Nazareth não era boêmio e sim, recatado e sóbrio, estudioso, simples e modesto. Curvado sobre o piano procurava ter um desempenho suave e seu estilo é inconfundível. Costumava sublinhar os acentos rítmicos. Exigia dos pianistas que os observassem ao interpretar suas peças. Ele pedia que se preocupassem com o refinamento interpretativo que a sua música exigia. Costumava dizer que seus tangos não eram maxixes.
O estudo  e a análise de sua obra revelam a dificuldade para interpretá-la.  É necessário destreza e boa leitura de pauta e de pausas. É preciso marcar o ritmo sem exagerar na marcação rítmica
Algumas de suas composições são:
Ouro sobre o azul-tango
Sarambeque-tango
Elegantíssima-tango
Tenebroso-tango
Labirinto-tango
Coração que sente-valsa
Bambino-tango
Batuque-batuque
Apanhei-te cavaquinho-tango
Confidências- valsa
Carioca-tango
Duvidoso-tango
Odeon-tango
Brejeiro-tango
Entre elas destacamos ''Apanhei-te cavaquinho '' e ''Odeon'' e ''Brejeiro'', com inúmeras gravações e'' performances''.
Ouro sobre o azul é o nome de um L.P. que foi editado pela
 Chantecler, em 1963, quando se comemorou o centenário de nascimento de Ernesto Nazareth.
O disco arrebatou todos os prêmios e a crítica foi unânime em opinar a favor da obra, comentando sobre a importância desse feito para a música brasileira.
Uma das grandes intérpretes de Ernesto Nazareth foi Eudóxia de Barros que se notabilizou, por interpretar ao piano, as músicas do compositor. Ela não hesitou em enriquecer sua experiência de pianista brasileira tomando a si a responsabilidade de se empenhar em representar Ernesto Nazareth, o que cumpriu com galhardia e competência.
O valor musical de Ernesto Nazareth parece se completar com a interpretação de Eudóxia de Barros. Ela deu a sua obra um sentido histórico, divisor de águas e de alto significado para o mundo da musicalidade. 

                                  KATIA CHIAPPINI

                       E-MAIL:-katia_fachinello@hotmail.com

Um comentário:

  1. UM GRANDE COMPOSITOR, PIANISTA E CRIADOR DE UM RITMO PRÓPRIO QUE SE INCORPOROU À MÚSICA BRASILEIRA.

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