A SERVIÇAL
Antigamente era costume
Tratar como filha a serviçal
Era quem tudo arrumava
A cozinha, a casa em geral
Avental branco ajeitado
Havia uma touca enorme
Que cobria o cabelo amarrado
Mas o serviço não humilha
Era feito com precisão
A moça tinha na família
Um lar e muita afeição
A serviçal ia passando
Aos descendentes, contente
E as crianças criando
Como a melhor atendente
Na doença era a guarida
Atendia, era presente
Muito ligeira na lida
De sua tarefa consciente
Tina, 40 anos de casa
Não pensava em parar
Brigava, batia a asa
Como forma de protestar
Conheci Tina, querida
Que de tudo sabia o lugar
Ficou cega envelhecida
Mas pediu para continuar
Minha tia providenciou
O dinheiro necessário
Uma vez ao mês a visitou
Complementando o salário
Ainda hoje merece atenção
A serviçal ou empregada
Merece o respeito do patrão
Merece ser bem tratada
Quantas vezes joga bola
E os livros da criança carrega
Ou passa a roupa da escola
Sem sentir que sobrecarrega
Tenho uma ajudante atenciosa
Há 20 anos - é Marta -
Secretária e auxiliar preciosa
Não esquece da mesa farta
Mas trocando o rumo da jornada
Lembrei da fantasia masculina
Quer ver a roupa de empregada
Vestida em sua menina
Agora de avental na pista
Requebra os quadris, se insinua
De frente só as coxas à vista
De costas, toda a pele nua
Email: k.treen2@hotmail.com
Minha secretária merece toda consideração. E a sua ?
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