Não tenho controle do verso
Ele se expande nas folhas
Surge aos borbotões, disperso
E na mão que escreve faz bolhas
Vem à tona a expressão, a palavra
Dando forma à idéia, em desalinho
E esses versos que confesso de minha lavra
Se espalham e se infiltram de mansinho.
Estão na carta, diario ou agenda
E se ordenam por encanto
Como se viessem de encomenda
Para ceifar da alma o desencanto
O verso revela o sentimento
Alegrias e tristezas personifica
Transforma, informa, dá alento
Liberta as emoções e comunica
Honesto ou desonesto, sem fronteira
Une, desune- é causa e consequência-
Não permanece sem ''eira nem beira''
É lazer, prazer - é ciência-
Versos modificam os semblantes
Enrubecem as maçãs do rosto
Nas entrelinha se escondem arrogantes
Revelando no olhar, desgosto
Provocam lágrimas, sabem emocionar
Como conduzir à meditação
O verso conjuga o verbo amar
Com pujança e eivado de paixão
Versos e versículos também são
Como mantras, como santos protetores
E o poema contido na canção
Conforta, na liturgia, os pecadores
Lí versos de um livro de porte
Escolhi um poema para conselheiro
Hei de seguí-lo, será meu norte
Exemplo e fiel escudeiro
Junto aos versos a sensibilidade
Que se bebe aprisionando saudade
Lembrando amores , retornando ao ninho
KATIA
Email:k.treen2@hotmail.com
NÃO TEMOS CONTROLE DO VERSO PORQUE QUANDO ESTÁ EM NOSSA IMAGINAÇÃO,TEMOS QUE ESCREVÊ-LO,ANTES QUE SE DESVANEÇA OU SE EVAPORE DA MENTE.
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