Aquarela de poesias

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Poesias para você

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

AUTISMO

                           O AUTISMO

O autismo ataca mais o sexo masculino.É uma doença que afeta o ser desde o seu nascimento. Percebe-se o atraso na fala, uma grande dificuldade de relacionamento, vontade de se manter isolado do grupo por não entender a comunicação É uma síndrome de natureza neuro-biológica As causas são várias  e a criança deve ser observada desde cedo, para iniciar um tratamento sem perda de tempo.
Ao redor dos 19 meses de vida começam a ser percebidos os primeiros sintomas, mas com 1 ano de idade a doença  pode ser melhor diagnosticada.
Quando o autismo é tratado pelos meios de comunicação apenas se esboça parte do quadro sem aprofundar suas causas e efeitos.
Modernamente há programas de apoio ao autista contando com profissionais especializados, tais como, médicos, fonoaudiólogos, psiquiatras, terapeutas e fisioterapeutas.
O termo autismo é amplo e pode envolver em seu conceito problemas como epilepsia, esquizofrenia, depressão e até paranoia.
Mesmo com acompanhamento clínico,aos 19 anos, um autista pode não estar alfabetizado. Em parte porque a criança autista não cria vínculos com seus professores. Há uma rotatividade, ano a ano, quando deveria haver a permanência do mesmo professor no acompanhamento do autista. Mas, basicamente, se busca a sociabilidade e a aceitação da doença no ambiente escolar e familiar. E talvez se consiga, ao longo do aprendizado, que o autista escove seus dentes ,lave o rosto, passe um pente nos cabelos e coma com garfo e faca e com suas próprias mãos.
O pouco que se consiga já é muito porque ainda faltam alguns estudos para que se entenda o que se passa no cérebro de um autista. O acompanhamento ao autista também é feito com os pais
É preciso lembrar que na adolescência a criança recebe o exemplo da família, percebe a reação de todos ao seu redor.
Se  a família se retirar do grupo de amigos, não receber mais as visitas e preferir o isolamento, estará criando um clima prejudicial ao desenvolvimento da criança. Se a família se envergonhar  de ter um filho autista, esse vai se isolar cada vez mais.
Há casos de crises e surtos bem sérios. Esses podem levar ao estado catatônico, falta de apetite e a total inércia.
Algumas leis já protegem os autistas e deficientes.
Em 2009 os legisladores começaram a se preocupar com o assunto. Em dezembro, 2012,foi sancionada uma lei federal.
Mas o regulamento e as minúcias da lei levam algum tempo para serem absorvidos É necessário implantar e ampliar políticas públicas nesse sentido.
Sabemos que há 35 milhões de autistas no mundo e 500.000 no Brasil.
Em Brasília temos um centro de referência ( o COMPP )  que atende gratuitamente os problemas relativos à saúde mental infanto-juvenil .Direciona-se às pessoas de baixa renda e agrega a elas uma equipe multidisciplinar treinada para esse fim. Essa equipe trata de distúrbios emocionais e de comportamento, entre outros.
Existe um aplicativo de voz, criado recentemente, que ajudará na comunicação de 15 milhões de brasileiros que não falam.
A intenção é introduzi-lo nas escolas como auxiliar na paralisia cerebral, autismo, sequelas de derrame e esclerose amiotrófica.
É possível a criança visualizar, através do aplicativo, 14.000 figuras, para apontar com o dedo, aquelas que se identificam com suas necessidades, no caso de paralisia cerebral, por exemplo, como: comer, ir ao banheiro, ver televisão ou dormir. Esse aplicativo se tornará uma excelente ajuda aos pais.
E se tais tentativas e experimentos não existirem e se as políticas públicas não tomarem as providências cabíveis, esses deficientes vão permanecer, por longo tempo, sem vez e sem voz.
Em 2 de abril será comemorado o dia da conscientização do autismo, onde serão promovidos seminários e debates para informar, conscientizar as ´pessoas quanto ao melhor modo de agir.
Promover a inclusão social do autista e do deficiente seria possibilitar seu ingresso no mercado de trabalho, pelo menos no grupo social.
Então, toda a preocupação deve ser no sentido de se buscar habilidades nos deficientes de modo que eles possam exercer seus talentos com o apoio dos pais, professores e comunidade.
E no sentido de  trabalhar pela sua adaptação ao meio, para que se revele a si mesmo, um ser em crescimento.
E quando conseguir se entender e se aceitar, prioritariamente, quem sabe, com o uso de um aplicativo de voz ou de sua própria fala, possa olhar para sua mãe, sorrir e dizer:
- Vamos passear no Shopping?

                                       KATIA CHIAPPINI
                        e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com



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