Aquarela de poesias

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Poesias para você

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

ZILDA ARNS.: EXEMPLO DE VIDA!

                          ZILDA ARNS 

Zilda Arns  foi médica e sanitarista brasileira.
Nasceu em Forquilhinha, Santa Catarina, em 1934 e morreu em Porto Príncipe, Haiti, em 2010.
Foi fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa.
Foi eleita pelo conjunto de sua obra a décima sétima brasileira mais importante de todos os tempos.
Cursou Medicina e se impressionou com a quantidade de crianças que morria de desnutrição e diarreia.
Casou-se com Aloísio Neumann, teve seis filhos e dez netos.
Foi médica pediatra em Curitiba e mais tarde dirigiu a equipe de Saúde-materno-infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Destacou-se como coordenadora da campanha da vacina Sebin, criando um método próprio, que ficou conhecido na área médica.
Mulher estudiosa e humanitária, por excelência, ficou conhecida como a médica que se dedicou à inúmeros programas sociais: planejamento familiar, prevenção do câncer ginecológico, saúde escolar e aleitamento materno, entre outras.
Zilda Arns Neumann, irmã de D. Paulo Evaristo Arns, recebeu diversas menções especiais e o título de cidadã honorária no país.
Preocupou-se, como suporte técnico, de fazer inúmeras  e conceituadas especializações ligadas à saúde pública.
Uma dessas especializações fez em Medelin, Colômbia.
Grande parte de sua atuação foi em Porto Príncipe, Haiti.
Em 2010, foi convidada para fazer uma palestra para cerca de 15.000 religiosos de Cuba, em Porto Príncipe, Haiti.
Pouco depois o país foi atingido por um violento terremoto e a Dra Zilda foi uma das vítimas da catástrofe.
No momento do terremoto, ela estava no último parágrafo do discurso, quando as paredes da igreja ruíram e desabaram. Foi atingida na cabeça e morreu na hora, mas, ao contrário de outras vítimas, não foi soterrada. Outros 15 sacerdotes, próximos a ela, faleceram.
A irmã da médica, Otília Arns, escreveu uma obra literária em sua homenagem: A Trajetória da Médica Missionária. Dra Zilda recebeu o título de cidadã honorária em 11 Estados e 37 municípios brasileiros. Recebeu 19 prêmios nacionais e internacionais e dezenas de homenagens pelo trabalho ligado à Pastoral da Criança.
Mais de 25 anos após sua fundação acompanha 1,9 milhões de mulheres gestantes, 1,4 milhões de crianças de famílias pobres, em 4063 municípios brasileiros.
Existem mais de 260 mil voluntários levando seu conhecimento sobre saúde, nutrição e cidadania para as comunidades mais pobres.
A Pastoral da Criança foi criada a pedido da CNBB, junto com seu presidente,Dom Geraldo Majella, Cardeal Agnello e Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil.
E na Pastoral da Pessoa Idosa temos 130 mil idosos acompanhados por 14.000 voluntários.
Nem se pode acreditar na dimensão dessa obra social da médica solidária! Quantos obstáculos deve ter enfrentado?
Um deles foi o preconceito em relação a cursar Medicina, porque não se via mulheres nessa formação. Teve que firmar opinião e lutar pelo seu objetivo de se dedicar aos esquecidos.
Aqui, para concluir, um trecho, resumido, do último discurso da Dra Zilda:
''Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, significa trabalhar pela inclusão social, não ter preconceito, aplicar nossos talentos em favor da vida plena, prioritariamente, dos que mais necessitam.
 Servir com humildade e misericórdia sem perder a identidade.
As crianças são os seres mais perfeitos que existem.
Como os pássaros que cuidam dos filhos ao fazer um ninho no alto das árvores ou das montanhas, longe dos predadores, ameaças e perigos, e mais perto de Deus, devemos cuidar de nossos filhos como um bem sagrado, promover o respeito, seus direitos e protegê-los''. 
Pessoas como a doutora Zilda são como anjos na terra.
Deus já lhes reservou uma missão especial, ao nascer.
Aos 73 anos, aproximadamente, ainda recolheu sob sua guarda, duas crianças que ficaram órfãs e que eram filhas de uma empregada sua.
Dra Zilda foi uma pessoa abençoada que só sabia dizer : SIM.
 É como se dissesse: vinde a mim as criancinhas, os idosos e todos aqueles que precisam de carinho, especialmente, os mais pobres.
Que esse exemplo siga produzindo bons frutos e que nunca faltem voluntários.  E que se mantenha a assistência dos órgãos governamentais e eclesiásticos para a expansão dessa obra meritória e tão premiada.

                                         KATIA CHIAPPINI
                                                              E-MAIL:katia_fachinello42@hotmail.com



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