Aquarela de poesias

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Poesias para você

quinta-feira, 12 de março de 2015

A MÚSICA E SUA IMPORTÂNCIA.

             A MÚSICA: CONSIDERAÇÕES.

Descobri que a música vai além de nosso entendimento e toma nuances inesperadas.
Acreditava-se, desde a China até o Egito, desde a Índia até a Grécia, que havia um poder fundamental na música para definir uma civilização em seus hábitos e costumes.
Pitágoras descobriu que a música pode ser reduzida a números e relações matemáticas. E ainda  que o universo todo pode ser explicado através do estudo da matemática.
Vamos exemplificar com a China. De acordo com um antigo texto chinês, Shu King, o imperador Shi Shun andava pelo reino e ouvia as notas musicais. E percebia como estavam sendo tocadas as cinco notas musicais da antiga escala musical chinesa. Ele ordenava que viessem oito instrumentistas executando oito tipos de instrumentos e observava se a música tocada estava em correspondência com os cinco tons. Se percebesse que os instrumentos estavam afinados de maneira diferente, nos diferentes territórios chegaria à conclusão de que os territórios estavam perdendo a unidade e logo viriam a se confrontar em guerras. E se a música se tornasse vulgar ou imoral 
o imperador iria perceber que a imoralidade estava tomando conta da nação, a menos que algo fosse feito para corrigir a música.
Confúcio, o filósofo, dizia que a música possuía um poder quase absoluto, tanto para o bem como para o mal. Podia ser responsável pela mudança de comportamento do indivíduo e moldar seu caráter.
Tanto Platão como Aristóteles acreditavam nesses princípios.
Acima de tudo, os grandes pensadores da antiguidade destacavam o efeito da música, inclusive na iluminação religiosa. Ela seria a base de um governo estável e harmonioso.
Quando assistimos a um concerto e o público silencia a experiência é avassaladora e não deixa espaço para nenhuma outra atividade mental. É como se o corpo irradiasse luz, as impurezas da alma de dissipassem. É como se todas as notas suspensas no ar se tornassem imaculadas e imunes a todas as explicações verbais que pudéssemos dar. O corpo parece congelar e a mente começa a perseguir as notas do acorde seguinte, tentando adivinhar a sequência de maviosos sons. E a pureza e encantamento se expressam em forma de sentidas lágrimas que a emoção produz sem avisar. Os concertos de Brandenburgo de Bach, a partir da primeira nota, têm esse efeito mágico sobre o ouvinte. Os longos arpejos de fuga cortam o ar e parecem ondas emanadas da essência divina e possuem uma beleza pura e indecifrável. E a música toma uma forma real que se irradia muito além da sala de concertos e se torna uma força de sustentação e consciência cósmica. As trevas parecem  desaparecer e a alma se enche de luz. E a gratidão por poder experimentar esse instante delirante nos remete à espiritualidade, pois só anjos podem exibir tal perfeição.
Com o passar dos anos perderam-se os pormenores do misticismo da música.
Há uma variedade de sons disponíveis e uma facilidade para ouvir os sons. Nunca a música foi tão acessível e tão despejada pelas ruas da cidade. Mas o conhecimento real e prático sobre a natureza e o efeito da música sofreu um declínio acentuado.
Nos anúncios de televisão utiliza-se a trilha sonora com cuidado microscópico e a intensidade, afim de extrair, em reais, o máximo efeito dos poucos segundos de tempo pagos à emissora de televisão, pelos anunciantes. A tendência do homem de nossos dias é ouvir música enquanto assiste televisão bem mais tempo do que dedica a ouvi-la por si só e por amor a ela.
 O adolescente americano ouve, no entanto, não menos do que 4 a 5 horas de música Rock por dia. Mas a  maioria ouve a música de fundo da novela, do filme ,como algo distante, apenas como pano de fundo de superficial importância.
Podemos dizer que em nosso século a quantidade supera a qualidade e que os padrões da música sofreram uma transformação filosófica, sociológica e psicológica ainda em estudos. Mas a natureza e o efeito da música ,na atualidade, ficaram encerrados num estreito círculo acadêmico e especializado.
Estaríamos bem próximos da realidade se disséssemos que qualquer reflexão ou investigação significativa a esse respeito nos tempos modernos, prima pela ausência de respostas científicas e bem elaboradas.
Não podemos nos tornar arrogantes em relação aos grandes músicos espirituais do passado, vivendo, como vivemos, numa era onde não se tem nenhuma filosofia própria da música e num século cuja permissividade lança no mercado letras que contaminam e poluem a mente de crianças e adolescentes. E será que podemos chamar de arte esse tipo de danças?
Só se for a dança demoníaca da era de Lúcifer.
E que os anjos não digam amém.

                                    KATIA CHIAPPINI

                        e-mail:katia_fachinello42@hotmail.com

 Bibliografia> O PODER DA MÚSICA
Autor: DAVID TAME

3 comentários:

  1. Viva a música de qualidade,ainda intacta em beleza e pureza.

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  2. OBRIGADA POR ESTE QUERIDA KATIA, AMEI DE PAIXÃO SABER DISSO TUDO, REALMENTE EM MIM A MUSICA FAZ MILAGRES, ADORO, NÃO VIVO SEM ELA ! BJS. <3

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  3. Agradeço a apreciação feita,amiga!
    Você sabe que para mim a música é o bálsamo e o manancial permanente que me dá tantas horas de felicidade que tudo o mais parece andar bem.

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