Não se justifica que o Brasil brinde as delegações estrangeiras com suntuosas festas, que perdoe dívidas além fronteiras, enquanto estamos em estado de penúria crescente.
Agindo dessa forma são delegadas a segundo plano as preocupações que satisfazem as necessidades básicas do povo: educação ,moradia, saúde e alimentação. Sem falar na segurança que está deficitária há longo tempo.
Os grandes eventos que temos feito resultam em obras faraônicas, superfaturadas e, logo depois, sem uso, verdadeiros elefantes brancos. E obras importantes ficam inacabadas.
Essa realidade só serve para demonstrar o desvio do dinheiro público e cada vez mais, a má aplicação dos recursos gerados pelos altos impostos que pagamos a todo momento.
A chegada das olimpíadas ao Rio de Janeiro poderia ter como objetivo a aplicação de recursos financeiros havidos, aplicados na despoluição de rios e canais, em novos hospitais, em saneamento básico, em casas populares, asilos, orfanatos e sistema prisional.
Mas essas providências não são de interesse dos governantes. E,mesmo, só viadutos, pontes e grandes edificações portam placas com o nome dos ''nobres dirigentes'' que precisam de visibilidade, como se muito fizessem pelo povo que os elegeu.
Percebemos, claramente, que os eventos servem à vaidade humana.
Essas iniciativas enriquecem os mais ricos e empobrecem os mais pobres.
Diferente seria se houvesse uma pauta governamental no sentido de solicitar auxílio aos povos mais abastados para obras sociais e básicas.
Por ocasião das olimpíadas tive o desprazer de ouvir no rádio, a notícia de que os hospitais federais bloquearam as emergências em prol das comitivas olímpicas em detrimento de nossos doentes.
Por essa razão, um cidadão que sofre de leucemia, estava vagando pelos corredores, já há sete dias, sem leito para descansar seu corpo enfermo.
Se fosse um ''doente olímpico'' teria sida atendido.
Essa olimpíada de fracassos dos governantes teve início mas não terá fim, num futuro próximo. Nem troféus e nem vozes em coro entoando o Hino Nacional, serão suficientes para abafar o clamor de um povo sofrido e esquecido em seus anseios de sobrevivência.
Mas,seguindo os preceitos cristãos, ainda precisamos ter fé e esperança na capacidade de mudança do ser humano.
Mas a mudança precisa ser radical no sentido de reconstruir a pauta dos valores que pregam honestidade, justiça e liberdade.
Que nossos descendentes, em algum tempo perdido, possam desfrutar de um país digno e acolhedor, como outrora, já foi.
A hora é de união em prol do Brasil. União de todos os partidos em prol do bem-comum.
Só a união é força, só o amor ao semelhante constrói, só a determinação de um povo tranpõe obstáculos e tentáculos que aprisionam uma população que trabalha para viver com dignidade e respeito.
Eu sou Brasil!
KATIA CHIAPPINI
AMO MEU BRASIL
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