Aquarela de poesias

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Poesias para você

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

SENTIMENTOS FALAM

SENTIMENTOS FALAM


 SENTIMENTOS FALAM!

Tenho conhecido pessoas que se orgulham de conhecer vários países do mundo em excursões memoráveis.
Mas apenas é possível ver a cidade em seus pontos turísticos, quase um cartão postal, ou uma pintura estática.
Conhecer o espírito do povo é transitar pelas ruas, observando o comportamento, os hábitos, os costumes, como manifestação de vida. É conversar com o povo da periferia, é interagir, sem discriminação de qualquer ordem.
É conversar com os vizinhos, abraçar uma criança, conversar com os transeuntes, comungar com a civilização do país.
Da mesma forma, tenho conhecido pessoas brilhantes que a si mesmas não conhecem. Pessoas que seguem uma direção diferente daquela que gostariam, para satisfazer um desejo dos pais, para ganhar mais prestígio ou poder.
Essas pessoas caminham como se fossem manipuladas e se conformam em trabalhar onde não se sentem bem.
E custam a perceber que a vida vai passar sem que realizem seus sonhos de juventude, sua vocação verdadeira.
Há um confronto constante entre seguir a verdadeira vocação ou se deixar levar por outros caminhos, até tortuosos, em busca de fortuna ou fama.
Deixar falar os sentimentos é voltar ao início e tomar um novo rumo, mesmo que a direção exija mudanças e sacrifícios.
Deixar falar os sentimentos é voltar ao interior e buscar respostas para entender qual é o nosso lugar, qual é nossa missão.
As escolhas não se definem com rapidez, mas exigem nossa atenção.
Se nós tivermos a possibilidade de viver um grande amor, mas o sacrificarmos em nome de um cargo ou posição, no futuro, quando perdermos o amor, de que valerá ser um executivo de sucesso?
Às vezes, convém deixar os sentimentos falarem mais alto, pois a razão impõe alguns questionamentos e o equilíbrio é o que se deve buscar.
Quantas chances perdemos na vida por aceitar um ''não'' como definitivo. Quantas vezes não avaliamos as perdas, em prol dos lucros ilusórios?
Um grande cientista que vive aprisionado em seu laboratório, acaba por perder as amizades, os bons momentos de convívio com a família, o crescimentos e as travessuras de seu filho, o desenvolvimento da linguagem e as brincadeiras na praça de esportes.
Sentimentos falam de nós. Revelam nosso interior e mostram se estamos de bem com a vida.
Pessoas caladas, introvertidas, solitárias, às vezes, precisam de atenção, de um abraço e de uma palavra de conforto.
Como seres solidários devemos exercer a empatia para auxiliar nossos semelhantes a solucionar o que lhes aflige.
E pessoas infelizes se defendem antes do ataque, não querem se revelar fracas ou com defeitos. E não se relacionam afetivamente com outra pessoa com medo de sofrer rejeição, porque são inseguras a respeito de si mesmas.Não admitem fracassar.
Pessoas agressivas não se encontraram ainda, querem chamar atenção de qualquer modo, não sabem cativar e custam a admitir seus defeitos . E todos nós temos inúmeros defeitos, pois somos imperfeitos por natureza.
Então, se não conseguirmos revelar nossos sentimentos, haverá uma zona obscura em nossas almas e uma sensação de opressão que nos envolverá e que não nos permitirá revelar nossas qualidades.
Se houver necessidade, precisamos buscar ajuda para nos reencontrarmos, para sair do casulo, para mudar de vida e de emprego, se essa for a melhor maneira de recuperar o tempo perdido.
Não tenhamos vergonha de buscar um novo olhar, um novo caminho. Estamos sujeitos a mudar de opinião, assim como as estações do ano mudam, como as plantas se transformam, como todo o universo, que gira em círculos, nos exige a descoberta de novos rumos.
Não julguemos as pessoas pela aparência. Antes, vamos nos aproximar delas com cordialidade e ternura. Veremos que muitos sorrisos iluminarão nossa face.
E sentiremos uma alegria imensa se transformarmos a vida de uma pessoa para que essa se revele melhor e mais amadurecida.
Sentimentos falam alto. Não vamos abafar os nossos.
Sentimentos profundos e bem trabalhados podem trazer a paz de espírito e a possibilidade de sermos felizes.
KATIA CHIAPPINI
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